Segundo Diálogos Agrojor reúne 90 profissionais para falar sobre jornalismo digital e de dados

Glória Vanique e Marc Tawill falaram sobre as transformações do jornalismo digital

As transformações e tendências do jornalismo no digital e do jornalismo de dados, esses foram os temas abordados no 2° Diálogos Agrojor, na terça-feira (29), promovido pela Rede Brasil de Jornalistas Agro (Rede Agror). O evento ocorreu em São Paulo, no auditório da FIA, em formato híbrido e recebeu cerca de 90 pessoas, das quais 60 presencialmente.

Para esta edição foram convidados os jornalistas Glória Vanique, podcaster e palestrante com vasta experiência em televisão, Marc Tawil, palestrante e 1º Linkedin Top Voicer e Katia Brembatti, presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Eles contaram suas trajetórias no jornalismo e na comunicação, apresentando um conjunto de “insights”.

“Em 2020, pedi demissão da TV Globo, por um grande conjunto de motivos, e decidi ir para o mundo corporativo. Uns dois meses depois de tomar essa decisão, a CNN me chamou para trabalhar e eu aceitei”, afirma Glória. “Mas não com a intenção de fazer carreira lá dentro, e sim para poder utilizar o salário fixo que me ofereciam e fazer minha transição de carreira. Temos que pensar que a transição de carreira não pode ser feita num estalar de dedos, precisa ser algo gradual.”

Glória foi por 14 anos da TV Globo, antes de tomar a decisão da transição de carreira. Ela falou das dificuldades dessa transição e de seus desafios para entrar no mundo corporativo. “Minha grande deficiência era a parte do marketing”, afirma. Ela conta que por muito tempo, no papel de jornalista, era proibida de lidar com marcas e foi preciso estudar sobre como agir nesse ambiente.

“As pessoas ainda me enxergam como a Glória Vanique, apresentadora de jornal, o que é muito legal. Mas eu ainda preciso fazer um trabalho para que elas e as empresas me vejam como a Glória Vanique que hoje trabalha com outra coisa.” 

Cerca de 60 jornalistas participaram presencialmente do evento, no Auditório da FIA, em São Paulo

Para Marc Tawil, a rede social Linkedin é um ponto de parada obrigatório para todo profissional atualmente, mas não era assim quando começou lá nos anos 2000. O hoje Top Voice n°1 da rede começou escrevendo em jornais tradicionais, mas decidiu criar a sua própria agência de conteúdo. Hoje, é um estrategista de comunicação independente. “Em 2015, eu senti que havia me perdido de forma autoral, porque só produzia e escrevia para marcas e para os outros. Então, eu decidi me reencontrar”, afirma Marc. “Meu primeiro artigo recebeu cerca de 4 mil visualizações no primeiro dia. Aprendi minha primeira lição, sempre há alguém vendo o que você publica.” 

Marc pontuou que tudo mudou quando passou a ser seu próprio negócio e marca. “Hoje dou palestras e treinamentos e repasso meu conhecimento em comunicação para os mais variados públicos.”

Marc e Glória também falaram sobre as diferenças entre influenciadores e jornalistas e como as marcas já diferenciam os conteúdos dos jornalistas como mais relevantes. “É preciso ter autoridade em um determinado assunto ou nicho para fazer a diferença”, explicou Marc.

Kátia Brembatti, presidente da Abraji, em sua palestra sobre jornalismo de dados no 2° Diálogos Agrojor

Katia Brembatti falou sobre jornalismo de dados, uma vertente que cresceu muito com o auxílio da tecnologia. Katia falou sobre a diferença entre “jornalismo de dados” e “jornalismo com dados”.

Ela ainda deu dicas sobre as ferramentas que podem auxiliar na investigação. “Gosto muito do Flourish, que é uma ferramenta de infográficos, bastante intuitiva. Com o Flourish existe a possibilidade de fazer vários tipos de infográficos, estáticos, em movimento e interativos.”

Kátia também demonstrou como usou o Pinpoint, do Google, para uma reportagem baseada em dados e que rendeu uma série exclusiva sobre o trânsito na cidade de Curitiba. Demonstrou as várias possibilidades e como os dados foram lhe dando pistas na montagem das pautas. Ela também apresentou o LM Notebook, que é uma ferramenta do Google, mas de inteligência artificial. “Nela, você pode enviar até 50 PDFs e diversos materiais com dados, ela analisa e separa as informações mais importantes para que você faça perguntas sobre o conteúdo e receba respostas.”

O evento contou com a apresentação da jornalista Lilian Munhoz e mediação de Alessandra Melo, ambas associadas da Rede Agrojor. O 2° Diálogos Agrojor teve patrocínio ouro da Corteva, prata da JBS e bronze da John Deere e Yara, além dos apoios institucionais da FIA Business School e Agência Buenas.

Segundo Diálogos Agrojor reúne 90 profissionais para falar sobre jornalismo digital e de dados

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