Começa nesta terça-feira (27/6), em Olds, município canadense localizado na província de Alberta, o Congresso Mundial da IFAJ, a Federação Internacional de Jornalistas Agrícolas, entidade da qual a Rede Brasil de Jornalistas Agro faz parte desde o congresso de 2022, quando a entidade foi aceita em assembleia. “Neste ano ainda não foi possível a presença da Rede Brasil de Jornalistas no congresso anual porque estamos construindo a entidade, inclusive do ponto de vista monetário. Ainda não temos caixa para um investimento desse porte”, diz Vera Ondei, presidente da Rede Agrojor. “Mas estamos em contato permanente com a IFAJ e apostamos que para os próximos anos a Rede Agrojor terá estatura suficiente para se fazer representar.”
No início deste ano, enquanto preparava o evento, a atual presidente da IFAJ, Lena Johansson, falou sobre a importância de jornalistas de um país conhecerem como funciona o agro em outro país. “Como tenho viajado muito e visto agricultores em vários países. Eles têm muito em comum, mas também têm muitas diferenças”, disse Johansson, que participou do congresso de Guelph, em 2011, também no Canadá.
A agenda do congresso deste ano é dividida em duas partes: uma temática, com vários assuntos em pauta, e outra de tours por propriedades rurais. Alberta é um importante polo de produção para o país, com 20 milhões de hectares de terras agricultáveis, equivalentes a 34% do território e onde estão 71% das terras irrigadas desse país. Há uma forte presença de bovinos, aves, produção de mel e vegetais na produção local.
Entre os palestrantes do congresso estão, por exemplo, Rosie Thoni, líder de relações públicas e conteúdo dos EUA para AdFarm, que vai falar sobre a sua experiência em comunicação, e Jessika Guse, editora da Glacier FarmMedia, membro da Alberta Farm Writers’ Association (AFWA) e da Canadian Farm Writers’ Federation (CFWF). Ela é uma das três copresidentes do Congresso Mundial da IFAJ de 2023.
Entre os produtores na lista de palestrantes está Ken Coles, que vai compartilhar sua experiência como Nuffield Scholar de 2022, um produtor com fazenda em Coaldale, também em Alberta. E também profissionais como Jennifer Laewetz, membro da George Gordon First Nation, analista de políticas e de comunicação pela Universidade de Saskatchewan, defensora da autodeterminação e da política indígena em todo o Canadá. Não por acaso, também está entre os palestrantes William (Billy) Morin Nahtokitopi (Sacred Rider), eleito o chefe mais jovem da história moderna da nação Enoch Cree, em 2015.